sábado, junho 09, 2007
Aquíferos
Existem pelo menos três tipos de aquíferos: os livres, confinados (ou cativos) e os aquitardos.
-Aquíferos Livres
Os aquíferos livres possuem o seu nível freático, na sua maioria, em contacto com a zona de aeração. São acesíveis facilmente a partir da superfície. Apresentam a desvantagem de serem facilmente poluíveis, devido à sua facilidade de recarga.
-Aquíferos Confinantes (ou Cativos)
São os aquíferos localizados entre duas camadas impermeáveis. Só uma pequena fracção da parte superior da zona de saturação se encontra em contacto com a zona de aeração, constituindo essa a zona de recarga.
FIG1.O Aqüífero Guarani é a maior reserva subterrânea de água doce do mundo, sendo também um dos maiores em todas as
categorias.
Ocupa o subsolo do nordeste da Argentina (255.000 Km²), centro-sudoeste do Brasil (840.000 Km²), noroeste do Uruguai (58.500 Km²) e sudeste do Paraguai (58.500 Km²).
Águas poluídas.
Em Portugal há centenas de queixas.
Mais de metade dos rios e lagos estão poluídos. A poluição hídrica resulta do desenvolvimento descontrolado das actividades económicas e do crescimento demográfico, que não foram acompanhados pela construção de infra-estruturas de saneamento básico.
Fonte: SIC Online
"A água é o constituinte mais característico da terra. Ingrediente essencial da vida, a água é talvez o recurso mais precioso que a terra fornece à humanidade. Embora se observe pelos países mundo afora tanta negligência e tanta falta de visão com relação a este recurso, é de se esperar que os seres humanos tenham pela água grande respeito, que procurem manter seus reservatórios naturais e salvaguardar sua pureza. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido a menos que haja uma melhora significativa na administração dos recursos hídricos terrestres."
sexta-feira, junho 01, 2007
Energia Eolica
Fig1- Parque eolico de Fafe
Alexandrino Torres queixa-se de que desde que começou a funcionar o Parque Eólico das Terras Altas de Fafe, inaugurado a 22 de Setembro, tem "muitas dificuldades na recepção do sinal, principalmente da SIC e da TVI". Este habitante da Lagoa confirmou que naquele lugar "ainda ninguém fez queixa a nenhum responsável, mas quase toda a gente tem problemas com a televisão", exceptuando todos aqueles que têm recepção de sinal através do serviço digital da TV Cabo.
No total, estão instalados no Parque Eólico das Terras Altas de Fafe 40 geradores com 67 metros de altura e com 43 metros de comprimento de pás, dispersos por 13 quilómetros e que atravessam as freguesias de Várzea Cova, Moreira do Rei e São Gens, em Fafe, mas "invade" o concelho de Celorico. Também no Lugar de Vilela, na freguesia de Moreira do Rei, Fafe, o que aparece no ecrã não é nítido. "Temos muito ruído na televisão e nenhum canal dá em condições. Mas isto varia ao sabor do vento e nunca sabemos se a televisão vai dar ruído ou com a imagem desfocada", confessou Maria Arlinda Marques. Esta mulher de Vilela não tem dúvidas de que "a televisão ficou assim desde que as ventoinhas começaram a funcionar".
Ao contrário do lugar da Lagoa onde as pessoas parece estarem resignadas, em Vilela "já andou a circular um abaixo-assinado, mas, como conseguiram poucas assinaturas, não foi para a frente". Júlia Novais sempre gostou de saber mais e acompanhar as "novidades do mundo", mas agora nem o telejornal consegue acompanhar com atenção. "Gosto tanto de ver o telejornal, mas raramente consigo perceber o que eles lá dizem porque a minha televisão dá muito mal"; esta septuagenária não tem dúvida de que a responsabilidade está lá no cimo do monte. "Foi quando começaram a bulir as ventoinhas que isto deixou de funcionar. Até já fiquei com uma televisão sem arranjo porque queimou e nem sei se foi por estar sempre a tremer".
-Noticia retirada do Jornal de NOTICIAS
Chernobyl continua a matar mas ecossistemas recuperam
Dezanove anos depois de Chernobyl, o maior estudo sobre o impacto do desastre nuclear revela que cerca de 4000 mil pessoas poderão morrer vítimas da radiação a que foram expostas. Ainda assim, existem evidências de que os ecossistemas nas chamadas "zonas de morte" estão a recuperar.
O maior estudo efectuado até à data sobre o impacto do desastre de Chernobyl nas populações e nos ecossistemas envolventes revela que os efeitos nocivos da nuvem radioactiva libertada em 1986 vão continuar a fazer-se sentir nas próximas décadas.Os investigadores, cientistas, peritos e especialistas em saúde pública que participaram no relatório das Nações Unidas "Chernobyl - The True Scale of the Accident" anunciaram que, pelo menos, 4 mil pessoas poderão morrer vítimas deste grave desastre nuclear.No dia 26 de Abril de 1986 deu-se uma explosão no reactor 4 da central Chernobyl, acabando por lançar para a atmosfera uma gigantesca nuvem radioactiva que se espalhou pela Europa e que contaminou cerca de 20 países (Portugal não foi afectado, mas registaram-se níveis mínimos de radioactividade nos Açores).Este acidente nuclear na Ucrânia libertou cerca de 300 vezes mais radiação do que a bomba de Hiroshima.Praticamente 20 anos depois, os efeitos da radiação libertada provocaram a morte de milhares de pessoas, na sua maioria vítimas de cancro da tiróide. Os cientistas envolvidos neste estudo crêem que, na grande parte dos países afectados, em especial na Ucrânia, Bielorrúsia e Rússia, a população deverá continuar a sofrer os efeitos resultantes da explosão nuclear de 1986.Os investigadores prevêem que 3940 pessoas venham a morrer vítimas de cancro, doença resultante da exposição à radiação nuclear que continua a atingir níveis preocupantes em várias zonas.
Apesar da fatalidade que representa ainda hoje o desastre de Chernobyl, há uma boa notícia. Segundo a "Nature", que cita especialistas ucranianos e norte-americanos, os ecossistemas que cobrem mais de 4000 quilómetros quadrados da zona afectada parecem estar a recuperar. E, apesar de os níveis de radiação não permitirem a presença humana por longos períodos, estas zonas estão «surpreendentemente saudáveis» .Jane Morris, especialista da Universidade da Califórnia, revelou àquela publicação que nas áreas interditas vivem lobos, peixes, ursos e outros animais que constam da lista negra de espécies ameaçadas da União Internacional da Conservação da Natureza (IUCN). Ainda assim, os efeitos nefastos da radiação reflectem-se no meio-ambiente. Existem, por exemplo, «muitas mutações», adiantou Jane Morris. Porém, a Natureza encarregou-se de «rapidamente as eliminar».Os cientistas responsáveis pela divulgação deste importante estudo sobre o impacto de Chernobyl na população e meio-ambiente são unânimes em afirmar que os efeitos do desastre na saúde mental das populações são preocupantes. A sensação exagerada de perigo e a angústia provocada pelo acidente nuclear não têm diminuído.Os habitantes das zonas afectadas fazem sistematicamente uma avalição negativa da sua saúde e bem-estar. Também, a esperança de vida em toda a antiga ex-União Soviética decresceu.Sete milhões de pessoas foram directa ou indirectamente afectadas por Chernobyl.O estudo foi realizado por uma equipa de 100 cientistas, oito agências das Nações Unidas e pelos governos da Ucrânia, Bielorrúsia e Rússia.
Fig1.Central nuclear depois do desastre
Energia Nuclear
A energia nuclear está no núcleo dos átomos, nas forças que mantém unidos os seus componentes – as partículas sub atómicas. É libertada sob a forma de calor e energia electromagnética pelas reacções nucleares, como as que ocorrem no sol, e nas reacções e explosões nucleares.
Estas reacções traduzem-se na aniquilação de massa e sua convicção em energia.
Central Nuclear
Uma Central Nuclear ou Usina Nuclear é uma instalação industrial empregada para produzir electricidade a partir de energia nuclear, que se caracteriza pelo uso de materiais radioactivos que através de uma reacção nuclear produzem calor. Este calor é empregado por um ciclo termodinâmico convencional para mover um alternador e produzir energia eléctrica.
Urânio
O urânio é um elemento químico de símbolo U e de massa atómica igual a 238 (92 protões e 146 neutrões). À temperatura ambiente, o urânio encontra-se no estado sólido. Foi o primeiro elemento onde se descobriu a propriedade de radioactividade. Foi descoberto em 1789. O Urânio é utilizado em indústria bélica (para bombas atómicas e para bombas de hidrogénio) e na construção de usinas nucleares com o objectivo de geração de energia eléctrica.
sábado, maio 12, 2007
Metamorfismo
Existem dois grandes tipos de metamorfismo de acordo com o ambiente tectónico em que se formam
Metamorfismo de contacto
Quando se dá a intrusão magmática, são emanadas temperaturas altíssimas que rondam os 1000º C. Conclui-se de imediato que neste tipo de metamorfismo o calor é o principal factor em questão.
Ao passar através das rochas, o calor vai actuar sobre os minerais constituintes das mesmas provocando fenómenos de recristalização. Automaticamente forma-se um anel de rochas metamórficas em torno desse mesmo maciço. A espessura desse anel depende das dimensões da intrusão, bem como da " disposição " da rocha em acusar vivamente qualquer influência externa.
Ainda há que referir o facto de que algumas substâncias voláteis poderão provocar uma ou mais alterações químicas na rocha original.
O grau de metamorfismo diminui ao mesmo tempo que nos afastamos da intrusão, até chegarmos às rochas inalteradas.
Metamorfismo regional
O metamorfismo regional revela-se em grandes extensões da crosta terrestre, onde existem séries complexas de xistos cristalinos. Tudo indica que a sua formação está relacionada com os grandes movimentos orogénicos, produzidos nos geossinclinais. Nestas regiões, uma sedimentação muito activa e o abaixamento progressivo da superfície terrestre fazem com que as rochas fiquem sujeitas a temperaturas muito elevadas. Devido a este aquecimento, a crosta, nos níveis superficiais, expande-se para cima, sofrendo portanto grandes pressões laterais da região envolvente. Estas pressões orientadas são um factor essencial no metamorfismo regional. Trata-se de uma pressão que varia com a direcção e que, por isso, se distingue da pressão vulgar.
Nos níveis mais profundos dos geossinclinais a elevação da temperatura será tão grande que as rochas deixarão de resistir às acções externas e passarão a oferecer as condições da chamada zona de fluência.
Tal como o metamorfismo de contacto, também este envolve deformações mecânicas e fenómenos de recristalização e encontra-se intimamente ligado à génese de cadeias montanhosas.
Inicialmente aparecem as deformações mecânicas, porém ao mesmo tempo que a profundidade aumenta começa a recristalização com a formação de novos minerais.
As diferentes zonas metamórficas são delimitadas por superfícies de igual metamorfismo chamadas isógradas, definidas pelos pontos onde ocorrem pela primeira vez determinados minerais indicadores. Podemos assim dizer que as isógradas delimitam diferentes zonas metamórficas.
Ao conjunto de rochas que derivam de um único tipo de rocha dá-se o nome de sequência metamórfica. Como exemplo temos o caso do xisto argiloso a partir do qual se pode formar uma sequência de rochas.
Curiosidade: Os gnaisses da França Setentrional fizeram parte de uma cadeia de montanhas que foi completamente erodida muito antes do começo da formação dos Alpes. Estas rochas aparecem durante o metamorfismo de vastas regiões.
terça-feira, maio 01, 2007
Como os minerais são estáveis em campos definidos de pressão e temperatura, a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo.
O estudo das rochas metamórficas permite a identificação de grandes eventos geotectônicos ocorridos no passado, fundamentais para o entendimento da atual configuração dos continentes.
As cadeias de montanhas (p. ex. Andes, Alpes, Himalaias) são grandes enrugamentos da crosta terrestre, causados pelas colisões de placas tectónicas. As elevadas pressões e temperaturas existentes no interior das cadeias de montanhas são o principal mecanismo formador de rochas metamórficas.
O metamorfismo pode ocorrer também ao longo de planos de deslocamentos de grandes blocos de rocha (alta pressão) ou nas imediações de grandes volumes de magmas, devido à dissipação de calor (alta temperatura).
Gnaisse
sexta-feira, abril 20, 2007
Falhas e Dobras
Falhas e Dobras(geológicas)
Uma Falha é uma superfície num volume de rocha onde se observa deslocamento relativo dos blocos paralelo à fractura
Dobras são estruturas cujas superfícies primárias de referência ficaram abauladas, curvadas ou alteradas sem perca de continuidade. Há vários tipos de dobras. Por exemplo, de acordo com a geometria podemos distinguir três variedades de dobras: anticlinais (dobras cujos lados ou flancos inclinam-se em sentidos divergentes), sinclinais (dobras cujos flancos inclinam-se em sentidos convergentes) e monoclinais (consistem numa flexão, em que as camadas mais ou menos horizontais, assumem, localmente, uma inclinação em determinada direcção).
Algumas dobras e falhas de Portugal:
terça-feira, abril 10, 2007
É notável a ligação entre a actividade vulcânica e as placas oceânicas e continentais, particularmente nos limites das placas. Deste modo, podemos falar em vulcanismo de subducção resultante do choque de placas oceânicas, originando, por exemplo, os arcos insulares activos, e do choque de uma placa oceânica com uma placa continental, originando a formação de cadeias montanhosas costeiras com actividade vulcânica (limites convergentes); vulcanismo no interior das placas oceânicas, o vulcanismo associado aos pontos quentes, o qual resulta da ascensão de plumas de material sobreaquecido nos níveis mais profundos do manto; vulcanismo de crista oceânica em expansão, originando a libertação do magma com formação de nova crusta oceânica (limites divergentes); no interior das placas continentais, a formação de riftes continentais precursores de cristas médio-oceânicas explica a existência de vulcanismo em locais afastados do limite das placas. Em princípio os interiores das placas são geologicamente calmos. Existem, contudo, algumas excepções. Por exemplo, uma observação a um mapa do oceano Pacífico revela muitas ilhas na placa pacífica, afastadas dos seus limites. Todas elas são ou foram vulcões, isto é, tiveram origem no vulcanismo do fundo do mar. As ilhas do Havai são um exemplo típico, formando um arquipélago alinhado. A datação de lavas da cadeia havaiana (e outras) mostrou que as suas idades aumentam à medida que nos afastamos do vulcão actualmente activo.
A maior parte dos vulcões que surgem no interior das placas, serão criados por pontos de erupção, fontes fixas de material vulcânico (magma) que se erguem das profundezas do manto. À sua expressão actual, como no Havai, chamamos pontos quentes. A maior parte dos grandes vulcões activos no interior das placas apresenta um rasto de vulcões extintos cada vez mais velhos que assinala o percurso da placa litosférica sobre o ponto de erupção. Os pontos quentes parecem ter origem a grande profundidade, talvez até nos limites entre o núcleo e o manto; muitos deles estão activos há muito tempo. Os vulcões mais antigos originados pelo ponto havaiano têm idades próximas
dos 80 milhões de anos.
Lagoa das Furnas
Caldeira, Furnas
VULCÕES NO MUNDO
A crosta terrestre é constantemente sujeita a actividades vulcânicas que, na maioria das vezes, por sua violência, acabam provocado danos à humanidade. Destacam-se entre os mais famosos vulcões conhecidos por sua actividade, o Vesúvio - Itália (ano 79 d.C), Krakatoa – Indonésia (1883), Monte Pelado - Martinica (1902), Santa Helena - USA (1980) e o Pinatubo, nas Filipinas (1991).O Pinatubo entrou em erupção depois de 611 anos de inactividade. Na ocasião, morreram 875 pessoas e 200 mil ficaram desabrigadas.
Vulcão Santa Helena – USA
Vulcão Mont Pelée – Martinica
Vista aérea do vulcão Versúvio
sexta-feira, abril 06, 2007
3º Periodo - Geologia
Rochas extrusivas
•Pedra-pomes
•Obsidiana
•Andesito
•Riólito
-Basalto
Tipo: rocha magmática extrusiva ou vulcânica.
Rochas intrusivas
•Granito
•Gabro
•Diorito
•Sienito
•Anortosito
•Granodiorito
-Granito
Tipo: rocha magmática intrusiva ou plutónica.
sexta-feira, março 16, 2007
Fósseis
Exemplos de alguns fósseis encontrados em Portugal:
Um cientista francês de origem portuguesa, o antropobiólogo José Braga, está a estudar fósseis humanos com um microtelescópio espacial concebido para analisar ossos ao mais ínfimo pormenor.
A experiência, que está a ser realizada na Universidade Paul Sabatier, em Toulouse (sudoeste de França), constitui uma aplicação da ciência espacial ao estudo da evolução da espécie humana."Trata-se de um micro-scanner de alta resolução, que permite seccionar virtualmente uma peça anatómica com cortes de apenas 40 microns", disse à agência Lusa o investigador, que nasceu em França mas tem parte da família na região de Braga."A vantagem deste microtelescópio é que não somos obrigados a serrar os ossos para estudar o seu interior", acrescentou José Braga, que está a estudar dois crânios de australopitecos encontrados há meio século na África do Sul e cuja antiguidade ronda os dois milhões de anos.Graças ao microtelescópio, desenhado pela empresa Scanco e financiado pela Agência Espacial Europeia, pela União Europeia e pelo Centro Nacional de Estudos Espaciais francês, é possível aceder ao interior dos fósseis sem os destruir.O primeiro dos dois crânios, pertencentes ao Museu Transvaal de Pretória, corresponde a um "Australopitecos africanos" e tem a dentição completa, com todos os 32 dentes.O segundo é um crânio de uma criança "Parantropus robustus".José Braga interessa-se em particular pela estrutura interna dos dentes — a que se encontra debaixo do esmalte —, onde procura informação genética original."O objectivo é reconstruir virtualmente por computador tecidos dentários que se encontram sob a coroa de esmalte, correspondentes à dentina e polpa dentária", referiu.·"Em síntese", explicou, "a imagem 3D obtida de um dente após o estudo é uma imagem da primeira etapa morfológica da sua formação, e portanto com características genéticas invariáveis", enquanto que outras partes do tecido ósseo sofrem alterações devido à actividade e à adaptação ao meio."Essa etapa inicial está sob a dependência de genes bem conhecidos e permite por isso estudar melhor as espécies fósseis antepassadas do homem e compreender melhor os seus laços de parentesco".Braga vai tentar identificar qual dos dois crânios que estuda tem uma morfologia mais próxima da do homem, esperando com isso contribuir para um melhor conhecimento da evolução da espécie humana
*Noticia retiada de Publico.pt
Armadilhas petroliferas
Nas rochas sedimentares que são portadoras, na sua porosidade, de hidrocarbonetos e água, ao sofrerem as modificações mecânicas ( p. exº, dobras, falhas e fracturas ) as partículas de hidrocarbonetos, sendo mais leves que a água, têm tendência a deslocarem-se para cima ou para os lados ( migração ) e a acumularem-se na parte superior da rocha.Os hidrocarbonetos, uma vez formados na rocha-mãe, normalmente, migram para as rochas porosas e permeáveis, do tipo grés (areias consolidadas) e calcários, chamadas rochas reservatórios quando enquadradas por rochas impermeáveis, do tipo sal-gema e argilitos (argilas consolidadas) que impedem a migração, designadas por rochas de cobertura. Este conjunto reservatório-cobertura é designado por armadilha e é, geralmente, ocupado pelos aquíferos no seio dos quais se encontram o petróleo e o gás. No caso dos hidrocarbonetos serem compostos por gás e petróleo, o gás, menos denso, encontra-se por cima do petróleo, mais denso.Os reservatórios são constituídos por rochas que apresentam vazios, poros e fissuras interligados e onde podem circular os hidrocarbonetos e a água. As suas características petrofisicas exprimem-se, fundamentalmente, em termos de porosidade e de permeabilidade, cujas relações são muitas vezes complexas. São o resultado de toda a história geológica daqueles sedimentos e em particular das condições de sedimentação e dos fenómenos de diagénese.As rochas reservatório dividem-se em duas grandes famílias, os reservatórios detríticos, na sua grande maioria siliciosos (areias e grés), e os reservatórios carbonatados, calcários e dolomias.Se as camadas sedimentares que cobrem a rocha reservatório, isto é, onde estão contidos os hidrocarbonetos, não forem impermeáveis (argilitos), os hidrocarbonetos ascendem à superfície da crusta terrestre oxida e dispersam-se. Porém, este caso é pouco frequente. O mais frequente é existirem, no subsolo, uma sobreposição de camadas porosas e permeáveis (grés ou arenitos, calcários e dolomias ) e de camadas impermeáveis ( argilas, argilitos e margas ). Sabendo que o movimento dos fluidos subterrâneos só é possível ao longo das camadas permeáveis, os hidrocarbonetos acumulam-se nas zonas "altas" das rochas porosas cobertas por rochas impermeáveis ( rochas de cobertura ). Neste caso, diz-se que estamos perante " armadilhas petrolíferas ".
CICLO DAS ROCHAS
As rochas terrestres não constituem massas estáticas. Elas fazem parte de um planeta cheio de dinâmica (variações de temperatura e pressão, abalos sísmicos e movimentos tectónicos). Da mesma forma, as actividades de intemperismo (meteorização) causam constantes alterações sobre as rochas. As rochas ígneas* superficiais da Terra (A) sofrem constante intemperismo, e lentamente reduzem-se em fragmentos (B), incluindo tanto os detritos sólidos da rocha original como os novos minerais formados durante o intemperismo. Os agentes de transporte redistribuem o material fragmentado sobre a superfície, depositando-o como sedimentos, que se transformam em rochas sedimentares (C). Estas, por aumento de pressão e temperatura geram as rochas metamórficas (D). Aumentando a pressão e a temperatura até determinado ponto, ocorrerá fusão parcial e novamente a possibilidade de formação de uma nova rocha ígnea (E), dando-se início a um novo ciclo.
*Rocha ígnea, magmática ou eruptiva é a que resultou da consolidação devida a resfriamento de magma derretido ou semiderretido.
domingo, fevereiro 25, 2007
Rochas Sedimentares
As rochas sedimentares são o produto de uma cadeia de processos que ocorrem na superfície do planeta e se iniciam pelo intemperismo das rochas expostas à atmosfera.
As rochas intemperisadas perdem sua coesão e passam a ser erodidas e transportadas por diferentes agentes (água, gelo, vento, gravidade), até sua sedimentação em depressões da crosta terrestre, denominadas bacias sedimentares. A transformação dos sedimentos inconsolidados (p. ex. areia) em rochas sedimentares (p. ex. arenito) é denominada diagênese, sendo causada por compactação e cristalização de materiais que cimentam os grãos dos sedimentos.
As rochas sedimentares fornecem importantes informações sobre as variações ambientais ao longo do tempo geológico. Os fósseis, que são vestígios de seres vivos antigos preservados nestas rochas, são a chave para a compreensão da origem e evolução da vida.
A importância econômica das rochas sedimentares está em suas reservas de petróleo, gás natural e carvão mineral, as principais fontes de energia do mundo moderno.
As rochas sedimentares formadas pela acumulação de fragmentos de minerais ou de rochas intemperizadas são denominadas rochas clásticas ou detríticas (p. ex. arenito). Existem também, rochas sedimentares formadas pela precipitação de sais a partir de soluções aquosas saturadas (p. ex. evaporito) ou pela actividade de organismos em ambientes marinhos (p. ex. calcário), sendo denominadas rochas não-clásticas ou químicas.
Açores-movimento de massa
Assim, as ilhas dos Açores estão sujeitas à ocorrência de movimentos de massa de origem e tipologias diversas, acentuados pelas características morfológicas e litológicas dos terrenos, da rede de drenagem e da ocupação do solo. Entre outros, sublinha-se a possibilidade de se gerarem fenómenos como a queda de rochas e deslizamentos de terrenos (movimentos de massa), podendo estes últimos incluir misturas indiferenciadas de água, materiais rochosos, fragmentos matriciais de natureza e dimensão variável e elementos do coberto vegetal.
GEOLOGIA
Costa da Caparica
Paredão vai ter pedras mais pesadas:
O INAG vai reforçar estrutura com material vindo de fora.
O instituto da água vai continuar as obras no paredão (fig.1) que ficou destruído na Costa da Caparica com pedra maior vinda do exterior por considerar que o material disponível no local não será suficiente para prevenir as marés vivas.
A necessidade de criar um entroncamento de maior dimensão terá sido a maré-cheia desta madrugada que destruiu quase por completo o trabalho que está ser feito desde terça-feira.
Para alem do bar destruído (fig.2) as mares ameaçam um parque de campismo que já foi evacuado devido ao perigo de ruptura.
Fig.1
Fig.2
Noticia do dia: 23/02/2007
sábado, fevereiro 17, 2007
Chorao-das-praias
-Classificação científica:
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Aizoaceae
Género: Carpobrotus
Espécie: C. edulis
-Nomenclatura binominal:
Carpobrotus edulis(L.) L. Bolus
Características:
Caméfito rastejante de caules que podem atingir vários metros. Folhas carnudas com secção triangular (triangulo equilátero) e ápice agudo; ângulo dorsal serrilhado. Flores com 5-9cm de diâmetro, amarelas ou purpurescentes; estames amarelos.
Origem geográfica:
Africa do Sul: zonas costeiras da área de clima Mediterrâneo.
Forma e motivos da introdução em Portugal:
Forma de introdução não encontrada.
Motivos: introdução para fins ornamentais.Cultivada com frequência para fixação de dunas e taludes.
Distribuição em Portugal Continental:
Minho, Douro Litoral, Beira Litoral, Estremadura, Baixo Alentejo, Algarve.
Impacto no ambiente:
O vigoroso crescimento vegetativo leva à formação de extensos tapetes contínuos, impenetráveis, que substituem a vegetação nativa e impedem o seu (re) estabelecimento. Promove a acidificação dos solos, facilitando o seu próprio desenvolvimento. Os frutos são comidos por pequenos mamíferos que dispersam as suas sementes.
Invadem preferencialmente as regiões dunares costeiras, cabos e áreas adjacentes a taludes onde foi plantado. Desenvolve-se tanto em zonas secas como húmidas.
Medidas de combate:
Para combater a sua invasão usam-se as seguintes metodologias de controlo:
• Controlo mecânico: os indivíduos podem ser arrancados manualmente, sendo fundamental que não fiquem fragmentos vegetativos, os quais envaizam facilmente originando novos focos de invasão. Depois de arrancados não devem ter qualquer contacto com o substrato, devendo ser-lhes cortada a raiz ou leva-los para um local onde não haja hipótese de regeneração. É mais fácil controlar enquanto jovens.
• Controlo químico: é por vezes utilizada a pulverização com glifosato apesar de não ser aconselhado para grandes extensões. Tendo em conta os possíveis efeitos adversos, nas outras espécies e no meio ambiente, a sua aplicação deve ser sempre muito bem ponderada.
É importante o controlo de seguimento para remoção de plântulas que germinem posteriormente. Sem controlo de seguimento as áreas podem ser rapidamente re-invadidas.
sexta-feira, janeiro 19, 2007
Thomas Henry Huxley
Como Darwin nunca foi um grande orador e preferiu morar no interior da Inglaterra, longe dos debates e repercussões da sua teoria, coube à Thomas Huxley o papel de principal defensor da Evolução. Orador perspicaz e feroz, além de um humor cínico, lhe valeu o apelido. Como disse ao estudante Henry Fairfield Osborn, "Você sabe que eu tenho que tomar conta dele - de fato, eu sempre tenho sido o buldogue de Darwin".
O mais importante debate sobre Evolução ocorreu em 30 de Junho de 1860, na Universidade de Oxford, entre T. H. Huxley e o seu principal opositor, o Bispo Samuel Wilberforce, acompanhado de seu acólito Richard Owen. Com o tema "Darwinismo e Sociedade", a Universidade precisou mover o evento de última hora para uma sala maior, graças a um público estimado entre 700 a 1.000 pessoas. Apesar de não ter sido transcrito no momento, as descrições foram de grande vitória para Huxley, no que considera-se um dos grandes debates científicos da História. No momento mais conhecido da discussão, Samuel Wilberforce teria perguntado se foi "através da sua avó ou do seu avô" que ele "alegava a descendência de um macaco". A resposta de Huxley foi clara e ovacionada pelo público: "Se a questão é se eu preferiria ter um macaco miserável como avô ou um homem altamente favorecido pela natureza que possui grande capacidade de influência mas mesmo assim emprega essa capacidade e influência para o mero propósito de introduzir o ridículo em uma discussão científica séria, eu não hesitaria afirmar a preferência pelo macaco".