quarta-feira, novembro 29, 2006

Estratégias de reprodução das plantas

Estratégias de reprodução das plantas
A reprodução é a função através da qual os seres vivos produzem descendentes.
Ao contrário dos animais, as plantas em geral têm uma grande capacidade de reprodução vegetativa, ou seja, assexual: as partes vegetativas (= não-reprodutoras) podem facilmente produzir uma nova planta. Por exemplo, um pedaço de hifa de um fungo transportada na pata de um cão ou de uma mosca pode produzir outro "indivíduo" da mesma espécie noutro local. Um pedaço do talo de uma alga arrastada pelas correntes oceânicas pode produzir uma nova alga noutro local onde as condições sejam adequadas. As plantas verdes rastejantes muitas vezes lançam estolhos que produzem raízes e podem-se tornar independente da planta-mãe.
No entanto, todas as plantas, tal como os animais, necessitam da reprodução sexuada para o processo evolutivo, ou seja, necessitam de "renovar" o seu material genético. Nas plantas, os órgãos reprodutores encontram-se em indivíduos diferentes dos órgãos vegetativos. A este processo chama-se alternância de gerações.

Mas é na dispersão das várias estruturas que as plantas geram para se reproduzirem que encontramos maiores especializações:

As espermatófitas (plantas que produzem sementes) desenvolveram estratégias para a disseminação dos seus produtos sexuais a dois níveis:

-Pólen - os grãos de pólen são as estruturas que transportam os gâmetas masculinos e, para que estes possam fecundar os óvulos, têm formas de actuação diversificadas - diferentes tipos de polinização:


  • Algumas espécies de plantas produzem sementes por autofecundação, ou seja, o anterozóide de uma flor pode fecundar com êxito o óvulo da mesma flor; nestas plantas, a flor pode abrir apenas depois da fecundação;

  • A norma, entretanto, é a fecundação cruzada, em que o pólen duma flor deve fecundar o óvulo de outra ou, de preferência de outra planta diferente da mesma espécie, a fim de assegurar a recombinação genética; para este fim, os grãos de pólen são geralmente muito pequenos e leves, podendo ser transportados pelo vento (polinização anemófila), pela água (nas plantas aquáticas - polinização hidrófila), ou por animais (polinização zoófila), quer involuntariamente, como fazem os colibris quando vão beber o néctar da flor, quer voluntariamente, como fazem as abelhas e outros insectos, que se alimentam de pólen (polinização entomófila). Nestes últimos casos, o néctar ou outras especializações da flor são desenvolvimentos evolutivos destinados ao sucesso da reprodução sexuada.

-Sementes – são as estruturas que resultam da fecundação e transportam o embrião que, em condições ambientais favoráveis, irão dar origem a plantas iguais. Para isso, as plantas desenvolveram durante o processo evolutivo várias estratégias, muitas das quais actuam ao mesmo tempo:


  • Vida latente – os embriões das plantas podem ficar muito tempo sem se desenvolverem, enquanto as condições apropriadas de temperatura e humidade não surgem;

  • Pericarpo lenhoso

  • Dispersão das sementes

Os outros grupos de plantas, incluíndo as samambaias os fungos, os musgos e as algas disseminam-se por esporos, que são células haplóides com uma parede celular extremamente resistente produzidas por meiose em órgãos especiais - os esporângios.

sábado, outubro 21, 2006

Cancro

Cancro
Fig.1 Exemplo de progressão do cancro
Cancro é o nome comum para designar a neoplasia maligna. Esta compreende genericamente as doenças em que determinado grupo de células do corpo se divide de forma descontrolada, invadindo os tecidos adjacentes e/ou distantes. É causada por mutações no ADN, que podem ser hereditárias mas as mais frequentemente são adquiridas ao longo da vida.
Factores que aumentam o risco de cancro
Os factores que aumentam o risco de cancro são vários e incluem a exposição excessiva à radiação solar (cancros da pele), alguns vírus (cancro do pénis, colo do útero, alguns linfomas). No entanto as causas mais importantes do cancro são o tabaco (cancros do pulmão, cancro da bexiga, tumor da laringe, tumores da cavidade oral) e o álcool (cancro do estômago e do pâncreas). A alimentação com excesso de gordura também pode ser um factor de risco para muitos cancros.
Sintomas
O cancro pode ter diversos sintomas. A perda de peso rápida com falta de apetite está muitas vezes associada à neoplasia maligna. O diagnóstico só pode ser comprovado pela análise de tecido recolhido em biopsia pela anatomia patológica. Qualquer massa anormal, sangramento urinário, intestinal, ou na tosse é sugestiva e deverá ser examinada por um médico. Pessoas de idade avançada estão em maior risco e deverão ser examinadas regularmente.

Cancros mais frequentes no Homem:
- Carcinoma da Próstata (um terço dos casos),
- Pulmão (~15%),
- Cólon e Recto (~10%),
- Linfomas e leucemias não Hodgkins (~10%),
- Bexiga (5%), Melanoma maligno (4%),
- Boca e faringe, Pâncreas, Rim (cada um 2-3%),
- outros (~20%).

Cancros mais mortais no Homem -percentagem das mortes por cancro:
- Pulmão (~30%),
- Cólon e Recto (~10%),
- Próstata (10%),
- Leucemias e Linfomas não Hodgkins (~10%),
- Pancrêas (5%),
- Bexiga, Fígado, Rim, Esófago (cada um 2-3%),
- outros (~20%).

Cancros mais frequentes na Mulher:
- Mama (um terço),
- Pulmão (~10%),
- Cólon e Recto (~10%),
- Útero, Tiróide, Pancrêas, (cada um 2-3%),
- outros (~20%)

Cancros mais mortais na Mulher:
- Pulmão (~25%),
- Mama (~15%),
- Cólon e Recto (~10%),
- Linfomas e leucemias não Hodgkins (~10%),
- Pancrêas (~5%),
- Ovário (~5%),
- Útero (~4%),
- outros (~25%).